Para a maioria das pessoas, os termos “Lixo” e “Resíduo” representam a mesma coisa. Porém, essa não é uma verdade e precisa ser desmistificada para o bem da sociedade!
No atual cenário, é extremamente importante diferenciar os objetos ou restos de materiais que não lhe são mais úteis, dos materiais e substâncias que precisam ser encaminhados para um tratamento e disposição final em aterro sanitário.
Esta diferenciação é crucial para sabermos o que fazer com um e o que fazer com outro, sempre priorizando a busca pela manutenção do valor dos materiais e substâncias, seguindo os princípios da Economia Circular.
Muito além da preservação do meio ambiente, ao não saber diferenciar lixo de resíduos, você pode estar perpetuando uma cultura do desperdício, o que tem resultado na insustentabilidade do nosso sistema de produção e consumo atual.
Confira nosso artigo de hoje e entenda as principais diferenças entre os termos. Veja também como destinar estes itens corretamente, resultando em uma gestão mais sustentável, seja do seu lixo ou do seu resíduo! Vamos lá?
Entender a diferença entre estes dois termos, que fazem parte do nosso dia a dia, proporciona uma gestão muito eficiente, de qualidade e sustentável.
O termo “lixo” vem do termo “lix”, que em latim significa “cinza”. Assim, no dicionário, lixo é todo e qualquer tipo de objeto descartado pela atividade humana. No entanto, iremos observar que esta definição está obsoleta ou, no mínimo, incompleta. Nem tudo que descartamos deveria ser considerado lixo, apenas aquilo que não apresenta mais valor ou utilidade deveria ser classificado desta forma.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vai pela mesma linha, definindo o lixo como os restos das atividades humanas. Porém, se refere a algo considerado pelos geradores como inútil ou indesejável.
Ao observar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), o conceito de lixo se aproxima mais da definição de Rejeito, ou seja, algo que não apresenta condições de ser recuperado e precisa ser encaminhado para disposição final.
Em resumo, o lixo tem características não recicláveis e são substâncias difíceis de serem recuperadas (pelo menos com a tecnologia disponível no local onde foi gerado, naquele momento). Exatamente por isso são os grandes causadores dos principais problemas ambientais e socioeconômicos, essencialmente devido ao seu manejo inadequado.
Exemplos de lixo: fraldas, papel higiênico e guardanapo utilizados, por exemplo.
O resíduo tem características opostas ao lixo. Ele faz referência a qualquer sobra de material que possa ser reutilizada, reaproveitada ou reciclada. Por essa questão, este é um material que precisa ser separado por tipo, permitindo sua destinação para outros fins.
Eles podem ser encontrados nas formas: sólida (resíduos sólidos), líquida (efluentes) e gasosa (gases e vapores). São exemplos de resíduos: garrafas de vidro e garrafas pets, papel, latas de alumínio, pilhas, eletrônicos e lâmpadas usadas, restos de alimento, etc.
A diferença entre lixo (rejeito) e resíduo também adquire grande importância para os processos industriais. Algumas empresas já realizam o gerenciamento dos resíduos de sua atividade dentro de sua própria planta industrial, resultando na recuperação de boa parte das substâncias presentes em seus resíduos, transformando-os em matéria prima novamente. O que reduz em muito seu custo com a disposição final de rejeitos.
Com a diferença entre os termos esclarecida, chegou a hora de conhecer algumas das várias alternativas para lidar com o lixo ou resíduo que você gera todo dia, seja na sua casa ou na empresa em que você trabalha.
Como vimos acima, a princípio todo o resto de materiais e substâncias gerado por atividades humanas deveria ser considerado como um Resíduo. O primeiro ponto que temos que nos atentar é se este objeto é mesmo um resíduo, ou apenas um produto usado, passível de ser reparado, reutilizado ou remanufaturado.
Caso seja um resíduo de fato, precisamos encaminhá-lo para alguma forma de destinação ambientalmente adequada, buscando recuperar o máximo de valor presente nestes materiais. No caso de resíduos orgânicos, temos uma ótima opção na compostagem.
Do ponto de vista biológico, a compostagem é um processo onde microrganismos e animais invertebrados transformam a matéria orgânica (frutas, cascas de ovo, fezes de herbívoros, restos de café, etc.) em uma substância homogênea, caso dos adubos.
Essa técnica é muito utilizada quando o resíduo é composto por grande quantidade de matéria orgânica, como, por exemplo, restos de alimentos. Também ajuda a reduzir o envio de resíduos em excesso para os aterros, inibindo a exigência de abertura de mais áreas para novos aterros sanitários.
Já para os demais resíduos, a Reciclagem é também uma excelente alternativa.
Uma das medidas mais eficazes para destinar corretamente os resíduos gerados é certamente a reciclagem.
Ela é caracterizada pelo processo de transformação dos resíduos sólidos, que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação do resíduo sólido em insumos ou novos produtos.
Sem dúvidas, a reciclagem é uma medida muito eficaz para destinar os resíduos gerados por residências ou empresas, sendo possível recuperar materiais e substâncias críticas, necessárias para a fabricação de novos produtos, reduzindo assim o impacto da extração de matéria-prima do meio ambiente.
Nos casos onde não seja possível proceder com a compostagem ou reciclagem, os resíduos podem ser encaminhados para incineração, sendo uma possível forma de tratamento dos materiais contaminados, ao passo que permite também a recuperação da energia contida nestes materiais.
Este é um processo utilizado com o objetivo de eliminar os contaminantes por meio de alta temperatura (de 900 a 1.250ºC). A queima do resíduo por meio da incineração reduz o volume destes itens a ser descartado, prolongando a vida útil dos aterros sanitários.
Por fim, aqueles resíduos que não possuem mais nenhuma forma de recuperação ou reaproveitamento, devem então ser dispostos nos aterros sanitários. Este sim é um material que poderia ser considerado como lixo, ou rejeito.
Infelizmente, essa é uma das formas mais recorrentes de disposição final do lixo gerado por residências e empresas. Justamente pelo fato de ainda não estar claro em nossa sociedade os malefícios e o desperdício desta prática.
De toda forma, os aterros são sim uma solução necessária, mas que, para garantir uma disposição final adequada, estes locais devem ser devidamente impermeabilizados, mediante confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas operacionais específicas.
Estes cuidados no uso dos aterros evitarão danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais.
Vale lembrar que a coleta de resíduos recicláveis ou a correta destinação do lixo é uma necessidade e responsabilidade da sociedade, que inclui pessoas físicas e empresas de qualquer ramo de atuação.
Quando há a separação entre lixo e resíduo, você e sua empresa conseguem agitar a economia com a geração de empregos, reduzindo gastos das empresas, além de dar a oportunidade a catadores que fazem coletas pelas cidades.
Então, sempre que for descartar determinado item, lembre-se das diferenças entre lixo ou resíduo e se baseie nisso.
Se informe sobre as destinações corretas de cada produto que você irá descartar e cumpra seu papel de ser um dos pilares mais importantes no movimento que visa deixar o planeta mais sustentável!
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